De onde vim

Sou paulistana nascida em 1980, filha de pais vindos do sertão paraibano. Cresci aprendendo a valorizar a busca por conhecimento, a empatia, a responsabilidade no trabalho e nas relações interpessoais, a cultura e as artes.

Fiz aula de vários tipos de dança - ballet clássico, jazz, sapateado, afro… - desde os 5 até os 20 anos, ao mesmo tempo em que me dedicava aos esportes - joguei vôlei e handball para além das quadras da escola. Também fiz teatro no início da adolescência, época em que me destacava na escola por estar sempre conectando as pessoas e agitando alguma festa ou atividade diferente.

Música e literatura sempre foram muito presentes na minha casa. Por ler muito e escrever muito bem, meus professores no Ensino Médio me incentivaram a estudar Jornalismo. Entrei na faculdade decidida a trabalhar em uma revista sobre música e, já nos primeiros anos, buscava colocar essa temática em todas as atividades acadêmicas que podia.

O tema do meu trabalho de conclusão de curso foi uma análise da cobertura da imprensa na carreira do cantor Wilson Simonal, que naquela época (2001/2002) estava praticamente esquecido por mídia e público. Essa pesquisa me levou a conhecer e trabalhar com pessoas que se tornaram fundamentais na minha vida pessoal e profissional.

Por onde andei

Mas não, eu não consegui trabalhar numa revista sobre música…

Meu primeiro estágio foi como assessora de imprensa e repórter numa revista sobre terapias alternativas. E, no último ano da faculdade, fui selecionada para uma vaga no GIFE, um grupo de institutos, fundações e empresas que atuam com investimento social privado. Ali começou minha trajetória no Terceiro Setor, que durante quase uma década foi minha atuação principal.

Mas a paixão pela cultura me fez traçar um caminho paralelo. De segunda a sexta, das 9h às 18h, eu estava no Terceiro Setor. O restante do tempo eu me dedicava a apoiar amigos músicos que precisavam de assessoria de imprensa e gestão de redes sociais (era época em que o Orkut começava a brilhar na divulgação de shows e eventos). Criei, junto com duas amigas, um guia cultural online da cidade de São Paulo (Uia Diário), que foi uma das principais fontes de informação sobre eventos na capital paulista por muitos anos e também se transformou em podcast, produtos e eventos.

No final dos anos 2000, já muito inserida na cena musical paulistana e também com contatos em outras cidades do país, fui convidada a trabalhar com produção de bandas, shows e eventos. Foram três anos de muito aprendizado, ao mesmo tempo em que fazia trabalhos freelancer, como escrever para a revista do Grupo Cultural Afroreggae e produzir o programa de rádio do mesmo grupo em São Paulo, na Rádio Eldorado.

Em 2011, decidi deixar a produção cultural e voltar a focar na minha carreira jornalística. Foi quando comecei a trabalhar paralelamente como produtora e redatora na Rádio Eldorado e como repórter do site Cultura e Mercado. Poucos meses depois, fui convidada pelo fundador do site, Leonardo Brant, a atuar também na escola de gestão cultural que ele criou, o Cemec - que mais tarde passamos a chamar de Cultura e Mercado Cursos, e onde fiquei até 2016, como sócia executiva e diretora de conteúdo.

A experiência e a rede de contatos que adquiri no Cultura e Mercado foram um verdadeiro ponto de virada. Mas depois de cinco anos, entendi que precisava experimentar outras coisas.

Foi quando me aventurei por uma temporada fora do Brasil. Foram quase nove meses entre as cidades de Los Angeles e Barcelona, onde além de aprimorar meus conhecimentos de idiomas, fui invadida pelo espírito nômade - depois disso já morei no sul de Minas Gerais, no interior de São Paulo, em Buenos Aires e em Porto Alegre (RS) - e pela paixão pelas Relações Internacionais - tema no qual fiz uma pós-graduação lato sensu alguns anos depois.

Voltei para São Paulo em 2017 e fui convidada a trabalhar na Boia Fria Produções, onde durante um ano e meio atuei como assessora de imprensa, produtora executiva e de campo e responsável por relações internacionais. E, após nova temporada em Los Angeles, entre 2019 e o primeiro semestre de 2024: integrei a equipe de programação de shows e eventos do Allianz Parque, uma das principais arenas multiuso do mundo (2019); assumi a gerência de projetos no Instituto Unidos pela Vida, onde fui responsável pelo desenvolvimento de uma série de ações em celebração dos 10 anos da organização (2020-2021); fui produtora executiva e curadora dos painéis e palestras de duas edições da Expocine, um dos maiores eventos de negócios do setor audiovisual da América Latina (2023 e 2023); e trabalhei na criação e no lançamento da ELA - Entertainment Law Academy, uma escola online com cursos voltados a advogados que atuam ou desejam atuar no setor de entretenimento (2023-2024).

Capítulo especial: podcasts!

Talvez pela minha paixão por música, também sempre fui uma apaixonada por rádio. Ouvinte assídua desde a adolescência, cheguei a fazer alguns cursos rápidos específicos na época da faculdade.

Mas a profissionalização começou em 2007, quando começamos a fazer um podcast semanal do Uia Diário. Pouco se falava sobre podcasts no Brasil, ainda não tínhamos os serviços de streaming como hoje, mas a gente conseguia gravar no estúdio caseiro de um amigo e publicava no nosso próprio site. Mais tarde, o Uia no Ar foi para rádios online, e minha atuação com produtos de áudio se ampliou.

E, após ter produzido e roteirizado o programa Conexões Urbanas, do Afroreggae, semanalmente na Rádio Eldorado, fui para a Radio UOL com a mesma equipe fazer o Vitrola Livre. Essa experiência me levou a ser convidada pela Eldorado alguns anos depois para editar o programa Quem Somos Nós?, apresentado por Celso Loducca (que foi ao ar até 2022), e mais tarde o podcast Notícia No Seu Tempo, no ar há quase seis anos nas principais plataformas de streaming de áudio, de segunda a sexta-feira.

Desde 2021 venho produzindo, roteirizando e editando programas para organizações como IPAM Amazônia, Instituto MOL e Plataforma Conjunta. Também trabalhei para a Editora MOL e, mais recentemente, voltei ao Cultura e Mercado, fazendo o Cultura e Mercado em Foco.

Para onde vou

Completei 40 anos um dia antes de a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a Covid-19 como uma pandemia. E a crise emocional a que todos foram submetidos a partir daí se potencializou na minha vida com a chegada aos "enta".

Mas tive a sorte de poder ter seguido trabalhando e estudando remotamente durante os quase dois anos de isolamento, e em 2022 voltei a viajar.

E novas oportunidades começaram a surgir. E eu gostava e me interessava por praticamente todas elas. E também podia fazer todas elas.

No LinkedIn tinha mais de 30 experiências listadas - sem contar que cada uma delas trazia em si outras várias.

No entanto, ao mesmo tempo em que achava aquilo muito legal, entrei em uma certa crise, porque achava difícil explicar o que eu faço. E comecei a pensar que talvez eu precisasse escolher uma das coisas que sei fazer e focar.

Mas será mesmo?

Multipotencial

Estamos no final do ano de 2024 e nos últimos meses ouvi falar muito sobre multipotencialidade, um termo usado para descrever pessoas que demonstram aptidões em diversas disciplinas, popularizado pela escritora e palestrante Emilie Wapnick.

Multipotenciais têm habilidades em diversas áreas e, muitas vezes, dificuldade em escolher apenas uma carreira ou campo de atuação.

Mas por serem curiosos, inquietos e apaixonados por aprender e fazer novas coisas, podem ser valiosos em muitas situações diferentes. E isso, felizmente, tem sido mais valorizado.

É com essa ideia que lanço este site: poder apresentar todas as minhas potencialidades por meio dos trabalhos que já fiz e que ainda pretendo fazer.

Te convido agora a conhecer meu portfólio.

E caso tenha alguma ideia que queira desenvolver e que eu possa te ajudar a partir de toda essa experiência, bora conversar?